Trata-se de uma doença extremamente comum no Brasil e no RS. Estima-se que, aos 50 anos de idade, metade dos homens e quase 40% das mulheres sofram de hipertensão. Com o aumento da idade, estas percentagens também aumentam.

Como a pressão alta é perigosa e não costuma causar sintomas (a pessoa não sente nada), é muito importante que todos os adultos meçam a pressão regularmente. Se não controlada corretamente, a pressão alta tem grande risco de causar infartos ou “derrames”, entre outras complicações.

Chamamos de hipertensão quando um adulto apresenta medidas de pressão arterial constantemente acima de 130 (“treze”) por 85 (“oito e meio”), quando medida corretamente (veja o tópico medindo a pressão. Caso as medidas sejam feitas em consultório médico ou outro ambiente médico hospitalar, os valores devem ser acima de 140/90 (“quatorze por nove”) para diagnosticarmos hipertensão. Para a pessoa ser considerada hipertensa, basta um dos valores estar elevado (o valor maior (“pressão sistólica”, por exemplo 150) ou o valor menor (“pressão diastólica”, por exemplo 90), ou ambos.

Antes de definir se uma pessoa é ou não é portadora de hipertensão, geralmente são necessários vários dias medindo a pressão regularmente, sem uso de medicações para pressão. E é necessário que o médico afaste outras causas para elevação da pressão, como uso de certos medicamentos, ansiedade, medidas incorretas, etc. Um erro comum é quando o paciente fica assustado com uma primeira medida de pressão alta e quer descobrir ainda naquele dia se tem ou não tem problema de pressão. Iniciar algum tratamento medicamentoso para hipertensão logo na primeira medida de pressão acima dos limites deve ser evitado.

Para pacientes que já sabem ser portadores de hipertensão e estão sob tratamento, é importante medir a pressão regularmente e manter as medidas dentro dos limites orientados pelo médico.

Se você está em dúvida sobre a sua pressão, agende uma consulta para discutir o assunto com um profissional especializado. Nestes casos, é de grande utilidade trazer medidas de pressão recente anotadas, de preferência em aparelho que não seja de pulso.

Quando houver dúvidas, o médico pode solicitar exames para medir a pressão arterial,  como o MAPA (Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial) ou o MRPA (Monitoramento Residencial da Pressão Arterial).